Cada vez mais homens têm procurado por formas de aumentar o pênis. Seja aumento de comprimento ou espessura, a preocupação estética com o pênis está virando algo comum e a procura pelo assunto aumentou muito. Mas é fundamental saber o que é real nesse assunto e o que é mito para não se colocar em risco atrás de falsas soluções.
Em primeiro lugar, é importante saber qual o tamanho normal do pênis. A média de comprimento com ereção do homem brasileiro é de 13-14 centímetros e de espessura, de 11-12 centímetros de circunferência.
Valores próximos a esses são completamente normais e a verdade é que poucos homens estão realmente muito abaixo desses valores.
Em geral as verdadeiras indicações médicas para procedimentos de aumento peniano são malformações e deformidades adquiridas como micropênis, pênis embutido, atrofia peniana, lesões traumáticas, encurtamentos pela doença de Peyronie e curvaturas penianas complexas que sejam acompanhadas de encurtamento ou redução do calibre.
Existem sim procedimentos cirúrgicos para aumento peniano. Porém, muitos homens ao procurar por soluções na internet, acabam caindo em propagandas enganosas. E existem várias. Por exemplo, substâncias vendidas como se tivessem a capacidade de aumentar o pênis.
Na maioria das vezes são vasodilatadores (cremes, gel, comprimidos) que apenas promoverão uma dilatação momentânea do pênis. Assim que passar o efeito o órgão retornará ao normal. Além de hormônios vendidos com a promessa de crescimento do pênis, porém sabemos que o órgão não possui a capacidade de crescer após a infância.
Temos também os aparelhos vendidos para aumentar o pênis. Alguns são extensores mecânicos e outros bombas a vácuo. Esses aparelhos são capazes de esticar o pênis em alguma medida e momentaneamente, mas não definitivamente, mesmo com longo tempo de uso e possuem alguns riscos, sendo comum os pacientes que se machucam usando sem orientação médica. Após algumas cirurgias inclusive podem ser usados como parte de uma reabilitação para manutenção do comprimento.
Já os procedimentos cirúrgicos que de fato existem para o aumento peniano são:
- Procedimentos de preenchimento para aumento do calibre, que podem ser feitos com ácido hialurônico, pmma, silicone, gordura e plasma rico em plaquetas. Embora aparentemente o único realmente seguro e eficaz seria realizado com ácido hialurônico.
- Procedimentos para aumento do comprimento: secção do ligamento suspensor do pênis, lipoaspiração da gordura do púbis, escrotoplastia e quando associado a prótese peniana: secções do corpo cavernoso e enxertos.
Esses procedimentos de secção do ligamento suspensor e lipoaspiração do púbis visam tornar mais aparente grande parte do corpo do pênis que fica “embutido”, escondido por gordura pubiana junto do púbis, já que o corpo do pênis se estende para dentro dessa região, sendo bem maior do que sua porção externa visível. Já a escrotoplastia é feita apenas trazendo a inserção do escroto no pênis para mais próxima da base do pênis, dando apenas uma impressão de maior comprimento, sem de fato alterar o tamanho exposto. E os procedimentos de secção do corpo cavernoso do pênis seriam adequados apenas em paciente com disfunção erétil (impotência) que iriam se submeter à colocação de prótese peniana, já que a secção do corpo cavernoso em homens potentes poderia gerar a disfunção erétil.
Porém é fundamental salientar que todas essas técnicas são consideradas como técnicas experimentais no Brasil, podendo ser realizadas apenas em estudos científicos, as indicações médicas, fora o desejo estético do paciente, são muito limitadas, e devemos sempre excluir transtornos de autoimagem (dismorfofobia). A principal preocupação dos homens deve ser com relação a ereção e performance sexual, exceto casos muito selecionados onde de fato o comprimento impede uma vida sexual normal.